Shein deve ceder dados dos indianos e controle das operações locais para reentrar na Índia

Shein deve entregar todos os dados de clientes indianos e o controle de suas operações locais para seu parceiro, Reliance Retail, e manter operações totalmente locais para reentrar no mercado indiano, de acordo com novas divulgações do governo que revelam como o varejista de roupas e acessórios garantiu uma rara exceção à proibição da Índia sobre aplicativos vinculados à China.

Em uma divulgação parlamentar na terça-feira, o Ministério da Eletrônica e da Tecnologia da Informação disse que a Shein operará puramente como um parceiro tecnológico, com a Reliance mantendo total propriedade e controle da plataforma por meio de sua subsidiária integralmente controlada, Reliance Retail Ventures Limited.

A Reliance, maior conglomerado da Índia, e a Shein confirmaram no ano passado que haviam fechado um acordo para o retorno do varejista chinês à nação mais populosa do mundo.

A plataforma estará sujeita a auditorias de segurança por auditores de cibersegurança credenciados pelo governo, um nível de supervisão não tipicamente exigido para parcerias de varejo.

O acordo tecnológico entre a Reliance Retail e a Shein, com sede em Cingapura, exige que a plataforma de e-commerce seja hospedada em infraestrutura na Índia. Todos os dados da plataforma, incluindo informações pessoais e não pessoais coletadas de clientes indianos, devem permanecer na Índia, e a Shein não terá acesso ou direitos sobre esses dados.

A resposta do ministério oferece a primeira visão de como a Shein conseguiu obter aprovação enquanto centenas de outros aplicativos vinculados à China permanecem banidos na Índia.

Desde meados de 2020, a Índia baniu mais de 300 aplicativos vinculados à China — incluindo o TikTok da ByteDance, o UC Browser da Alibaba e o Community e Video Call da Xiaomi — devido a preocupações de segurança nacional. Pequim afirmou que a proibição da Índia sobre aplicativos violou diretrizes da Organização Mundial do Comércio e prejudicou os “direitos e interesses legítimos das empresas chinesas.”

O processo para desbanir a Shein envolveu uma extensa verificação governamental, com o Ministério das Indústrias Têxteis consultando tanto o ministério de TI quanto o Ministério da Defesa Interna antes de conceder a aprovação, disse o governo na terça-feira.

Por meio desse arranjo, fabricantes e fornecedores locais produzirão produtos com a marca Shein para os mercados doméstico e global, o que o governo espera que apoie o setor de manufatura têxtil da Índia e o emprego.

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