A TSMC supostamente cortou uma empresa que enviou seus chips para a Huawei

A gigante da fabricação de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) interrompeu os envios de semicondutores para um cliente que pode ter enviado ilegalmente os chips para a Huawei, de acordo com a Bloomberg.

Isso segue relatos de que a TSMC informou ao governo dos EUA que seus chips apareceram em um dos aceleradores de IA da Huawei. Não há confirmação sobre se a empresa estava agindo em nome da Huawei ou onde está baseada.

A TSMC cortou os envios para a entidade em meados de outubro, após notar que os mesmos chips haviam aparecido em produtos da Huawei. Ela notificou os governos dos EUA e de Taiwan sobre esse último desenvolvimento e está investigando mais a fundo o assunto, disseram fontes da Bloomberg. Elas pediram para não serem identificadas, dada a natureza sensível da questão.

Ontem, a Bloomberg e o Financial Times relataram que a empresa canadense de pesquisa TechInsights havia detectado chips da TSMC em um acelerador de IA da Huawei, uma clara violação das sanções dos EUA. Isso levantou a questão de como a Huawei obteve esses chips, com uma empresa de terceiros sendo uma possibilidade forte.

Em 2020, o Departamento de Comércio dos EUA implementou restrições comerciais contra a Huawei que proibiam a empresa de obter chips fabricados por empresas estrangeiras. No início deste ano, o governo dos EUA apertou ainda mais as restrições, revogando suas licenças com a Intel e a Qualcomm para produzir chips para seus dispositivos.

Em uma declaração anterior fornecida ao Departamento de Comércio, a TSMC negou qualquer relacionamento de trabalho com a Huawei desde meados de setembro de 2020. A TSMC também disse à Bloomberg que não produziu chips para a Huawei devido às restrições alteradas. Por sua parte, a Huawei afirmou em uma declaração ontem que não usou chips adquiridos da TSMC desde que as restrições de 2020 foram implementadas.

Em vez de usar a TSMC, a Huawei supostamente estava obtendo chips de um parceiro local, a Semiconductor Manufacturing International Corp. (SMIC) da China – incluindo um processador de 7 nanômetros para smartphones da Huawei. No entanto, os oficiais dos EUA duvidaram que a SMIC pudesse construir tais chips em escala suficiente para atender à demanda do mercado.

Fonte

Compartilhe esse conteúdo: